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Top Pop Piores de 2007

Como sempre, no começo do ano fazemos listas e listas de melhores de 2007 e parece que o ano só teve coisa boa e foi tudo maravilhoso. Então, para lembrar que mesmo o ano sendo um mar de rosas rolou muito espinho por aí, vamos fazer nosso top pop de piores de 2007 e lembrar daquelas coisas que azedaram nossa leitura de quadrinhos no ano passado.

1-  Gastos com quadrinhos: A diversidade de quadrinhos nas bancas literalmente tem um preço e esse preço está cada vez mais alto. Com uma média de mais de 110 títulos por mês e diversos álbuns de luxo, comprar HQs está se tornando algo bem dispendioso. Fazendo uma conta rápida, para comprar tudo que saiu em dezembro você gastaria, mais ou menos R$ 1105,00, sendo R$ 650,00 só com Panini. Obviamente não dá para comprar tudo, assim, 2007 foi um ano que a gente passou vontade de muita coisa.

2- Erros de texto: Ano passado parece que aconteceu uma verdadeira chacina contra a língua portuguesa e, principalmente na Panini, viu-se de tudo e mais um pouco. “Cedo” escrito com esse, conjugações verbais absurdas, falas incompreensíveis, além de balões repetidos e uma impressionante dificuldade de se diferenciar “mal” de “mau”. Parece bobeira e implicância, mas diversas revistas têm passagens em que o leitor tem que voltar, reler e adivinhar o que queriam dizer naquele texto.

3- Mega-Eventos: Esse ano pegamos as repercussões da Crise Infinita e passamos vários meses em meio a uma Guerra Civil. Os eventos podem até ser muito legais, contudo, eles interligam as revistas de tal forma que ficou difícil para quem quer acompanhar um só título. Várias vezes em que fomos perguntados sobre o que comprar da Marvel ou da DC chegamos a dizer: “Olha, ou você compra tudo, ou vai ler mangá, quadrinhos europeus, ou qualquer outra coisa que não tenha parte da história dentro de um grande caos”. O pior é que mesmo aqueles que queiram ler tudo acabam tendo problemas porque aqui no Brasil nem tudo está saindo na ordem certa e, muitas vezes, mesmo quando saí na ordem certa a publicação americana estava em descompasso, revelando o final de histórias antes que o leitor possa chegar nelas.

4-Distribuição e periodicidade: A distribuição sempre foi um grande problema no Brasil, tem vários lugares onde as revistas simplesmente não chegam ou que demoram muito. Para completar tivemos a surpresa de que a Dinap está comprando a Chinaglia para formar a Treelog. O assunto está sendo discutido no CADE, mas se for aprovado, o Brasil só terá uma única distribuidora de revistas, o que será muito ruim para as editoras, principalmente as pequenas. Fora isso, temos os problemas de periodicidade das próprias editoras. A Conrad, por exemplo, é sempre uma nova surpresa de quando sairá algo. Monster, um mangá de suspense, em que o leitor fica apreensivo pela próxima edição, tem uma dose extra de emoção porque é sempre uma surpresa quando ele saí. One Piece parou há algum tempo sem explicação, mas a editora não diz que foi cancelado.

5- Artistas incompetentes: Tudo bem que entre dezenas de revistas existam algumas com equipes criativas menos talentosas, mas alguns casos podem ser considerados propagando enganosa. Por exemplo, em um dos títulos do Batman, escrito por Paul Dini, após o Um Ano Depois, foi anunciado que o desenhista seria o badalado J.H. Williams III, de Promethea. Acontece que até agora de quatro edições só a primeira foi desenhada por ele, as outras ficaram com desenhistas substitutos que servem como seus imitadores.

 
 
 

 

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