Top Pop Poder de Síntese

Um tópico que tem sido recorrente nas nossas entrevistas com desenhistas é a capacidade de se fazer um traço sintético, algo simples, funcional, que com o mínimo de linhas consiga representar o máximo de idéias. Esse poder de síntese se perdeu muito na década de 90 com o traço cheio de hachuras e a preocupação com as musculaturas altamente complexas (não implicando, necessariamente, em serem anatomicamente possíveis).

Recentemente entrevistamos Marcelo Campos e o ilustrador Orlando (em breve as entrevistas estarão no ar, prometemos) e eles falaram muito disso. Então esse Top Pop é em homenagem a eles, uma mostra de que se pode fazer quadrinhos, inclusive de heróis e de aventura, sem ter que passar dias desenhando fios de cabelo. Vale dizer que não estamos desmerecendo trabalho complexo de vários artistas geniais, apenas mostrando estilos alternativos.

1- Milo Manara - O mestre dos quadrinhos eróticos pode até fazer alguns cenários complexos e cheios de detalhes, onde ele mostra que poderia ser um desenhista "retratista", mas nos seus personagens, principalmente nas suas mulheres, ele se destaca com um traço leve, fluido, simples. Ele dá a sensação de que todas as posições que ele faz são possíveis, suas mulheres são flexíveis na medida certa e sua musculatura, sua pele, suas gordurinhas, seios e bocas sempre têm um caimento e um movimento perfeito.

2- Tim Sale – A principal característica de Tim Sale e mostrar a alma dos personagens que ele desenha. Além de mostrar expressões que revelam todos os sentimentos destes personagens, Sale ainda compõe metáforas visuais belíssimas, criando cenas memoráveis para os quadrinhos de hoje.

3- Steve Rude – Muito antes de qualquer tendência retrô surgir na indústria de quadrinhos, Steve Rude já fazia um estilo claro e sintético que valia por si mesmo, sem o fetiche de ser uma referência aos quadrinhos de décadas atrás. Sua série dos anos 80, Nexus, foi um marco para toda a geração de independentes que se formou naquela época. De certa forma, ele foi a antecessor de nomes como Mike Alred.

4- Bruce Timm – Ele conseguiu a proeza de criar um estilo para animação que dura mais de uma década. Graças a ele, vimos desenhos com super-heróis na televisão que não deviam nada aos quadrinhos. Seu estilo é ao mesmo tempo forte e ágil, perfeito tanto para o Superman quanto para o Batman. E a prova disso foi o desenho Liga da Justiça Sem Limites, onde quase todos os heróis da DC apareceram foram retratados de maneira competente pela equipe de Timm.

5- Jeff Smith - Ele é o criador do genial Bone, uma série que cativa tanto pela história fantástica quando pelo traço. Mas, como estamos falando de arte, vale dizer que ele é um perfeito exemplo de como algo simples, como os primos Bone, pode funcionar perfeitamente em uma história de aventura. O que sempre se diz é que ele se destaca nos coadjuvantes da série, e é verdade. Com um traço expressivo, sem ser estilizado em demasia, Smith consegue criar todo um universo medieval com uma história que nos faz sentir que ela é possível.

 

 

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