Top Pop Já fomos Desenhistas
Dando continuidade ao que começamos semana passada, desta vez apontamos cinco desenhistas que um dia já foram o máxima e hoje deixam muito a desejar. Seja por uma queda na qualidade do traço ou uma falta de idéias novas para pôr no papel, o fato é que estes caras viraram uma mera sombra do que foram no passado e a maioria dos fãs preferiria vê-los dignamente aposentados.
1- Rob Liefeld: Calma.... a gente explica. Este talvez seja o caso mais trágico de artista decadente, pois ele ficou mais famoso após sua "queda" do que era antes. Quando apareceu naquela minissérie de Rapina & Columba no começo dos anos 90, Liefeld era um dos jovens talentos com um futuro brilhante pela frente, ainda mais com a oportunidade de participar da avalanche de novos títulos X na Marvel. Porém, alguma aconteceu e Rob foi levado para o Lado Negro das artes e se tornou o que de mais abominável e temido possa haver em termos de desenho, um verdadeiro ícone do mau gosto. Talvez para a sorte dele, o costume da mídia de malhar o artista garantiu que ele continuasse na ativa, voltando, inclusive, a desenhar revistas da Marvel e da DC.(Ao lado você pode ver a famosa imagem que foi capa de uma das edições do "Capeitão" América Renasce, observe como tudo é hamornicamente proporcional)
2-John Byrne: Desde sempre Byrne teve que ouvir críticas sobre a irregularidade de seus trabalhos, especialmente por causa da arte-final, o que ligou boa parte de seu trabalho ao do arte-finalista Terry Austin. Contudo, de uns anos pra cá, mesmo na companhia de bons arte-finalistas, o desenho de Byrne perdeu aquele algo-a-mais que o fazia todo especial nos anos 80. Basta ver os especiais com o Superman, em que o herói não tem mais o porte avantajado que Byrne definiu na sua reformulação.
3-Marc Silvestri: No auge do sucesso dos X-Men nos anos 90, Silvestri era, ao lado de Jim Lee e Todd McFarlane, um dos grandes nomes do mercado norte-americano. Foram os três que na verdade deram força para a editora Image se estabelecer no Mercado e seu estilo de desenho definiu padrões para a década inteira. A exemplo dos outros dois, Marc se envolveu demais com a administração de seu estúdio e ficou anos afastado da prancheta. Infelizmente, quando voltou, seus desenhos já não se distinguiam dos da legião de seus próprios imitadores. Mesmo com seu alardeado retorno aos X-Men, no encerramento da fase de Grant Morrison, ele continua sem emplacar um grande projeto.
4-Jim Starlin: Jim fez fama como o grande criador de histórias espaciais no melhor estilo space opera. Tanto nos roteiros quanto nos desenhos, seus trabalhos dos anos 80 são verdadeiras obras primas do gênero, como a saga de Thanos, a Trilogia do Infinito e Dreadstar. Acontece que recentemente Starlin decaiu nos dois quesitos, os enredos já não apresentam novidade nenhuma e ele se rendeu ao hábito de criar cenários por computador. Dessa forma, toda a graça de seu desenho se perdeu, sem os cenários e as cores feitas pelo método tradicional e as novas revistas de Thanos se misturam ao que a Marvel tinha de pior na sua lista de lançamentos.
5- Alan Davis: Outrora um artista de vanguarda dos anos 80, que revigorou o gênero de super-heróis sem deixar de ser super-heróico, em sua última passagem por X-Men Alan Davis apresentou o prior trabalho possível com um desenho comum, sem narrativa visual. Não só por culpa dele, mas, em partes, por culpa de Chris Claremont, que faz um roteiro como da década de 60, em que o recordatório repete toda a cena e o desenhista precisa deixar mais espaço para texto do que para desenho em si.