Alex Toth

Alex Toth é um artista que influenciou a cultura pop de várias maneiras. Ele é considerado um dos mestres do preto-e-branco pelo seu trabalho nos quadrinhos, mas, ao mesmo tempo, é responsável por um mundo colorido de animações. Até hoje seu trabalho é reprisado e tem uma grande legião de fãs. Tanto que sua morte no dia 27 de maio de 2006 teve repercussão mundial. Em homenagem a ele fizemos essa pequena biografia em preto-e-branco que esperamos servir de referência para que os leitores continuem redescobrindo o seu trabalho.

Nascido em Nova York em 25 de junho de 1928, apesar de seus pais terem pouco dinheiro (seu pai era um artista e sua mãe musicista), foi criado em uma ambiente feliz e cercado pela arte. Ele começou a desenhar muito cedo. Acompanhava sua mãe fazendo belos desenhos de garotas, mas o que o influenciou mais foram os quadrinhos dos jornais, os gibis e os seriados de rádio.

Ele ouvia o radio fazendo desenhos dos personagens e estava sempre rabiscando algo, então sua professora o incentivou a estudar ilustração e fazer um colegial técnico de desenho industrial. Apesar se seus pais serem responsáveis por sua paixão pela arte, não gostaram dessa escolha, pois sabiam o quando era sofrida a vida que levavam e quanto lhes custava sustentar a casa.

Felizmente, ainda no colégio Toth conseguiu seu primeiro trabalho remunerado. Foi contratado por Steve Douglas, da editora Eastman Color, para trabalhar na linha “Famous Funnies” na revista “Heroic Comics”. Assim, quando voltava da escola, ele passava o resto do seu dia trabalhando.

Ele foi demitido em 1946, mas, no ano seguinte, após completar o colegial, foi chamado por Sheldon Myer para trabalhar na DC desenhando Dr. Mid-Nite, Eléktron e Lanterna Verde. Ele deixou a editora em 1952, quando se mudou para Califórnia, onde não ficaria por muito tempo, pois logo foi recrutado e enviado para uma base militar no Japão. Para não deixar de desenhar nesses dois anos como militar, ele fazia a tira “Jon Fury” para o jornal da base.

Quando retornou para os EUA foi morar em Los Angeles onde fez Casey Ruggles, uma tira de jornal, em parceria com Warren Tufts e a partir de 1952 passou a desenhar histórias policiais e de guerra para a Standard Comics. Seu nome só começou a ficar conhecido quando começou a desenhar histórias de personagens baseados em filmes, como Zorro, para a Western Publishing Company e Dell.

Em 1965 ele foi trabalhar para os estúdios Hanna-Barbera na área de desenhos de super-heróis, tendo grande participação na criação de alguns dos maiores clássicos da produtora, como Space Ghost (1966), Herculóides (1967), Homem-Pássaro (1967), Mightor (1967), Shazzam (1967), Dino Boy (1967), entre outros. Depois de deixar o estúdio em 1968 ele ainda foi convidado em 73 para ficar cinco meses na Austrália produzindo outro grande sucesso da Hanna-Barbera: Os Superamigos.

Como não poderia deixar de ser, ele não se afastou nem das animações, nem dos quadrinhos. Trabalhou em Jonny Quest, Quarteto Fantástico (1967) e mais recentemente na série que impulsionou o retorno da DC para os desenhos animados: Batman Animated. Ele também escreveu e desenhou algumas histórias para as revistas de horror Eerie e Creepy da editora Warren. Inclusive nessa editora ele publicou aquele que é considerado um de seus melhores trabalhos, "Bravo for Adventure", que saiu em duas partes na revista The ROOK. Essa história foi ainda republicada pela Dragon Lady Press do Canadá e levada para Europa, onde foi traduzida para 3 línguas.

Toth é um dos criadores de Torpedo, junto com Sanchez Abuli, mas desenhou apenas duas histórias do personagem, pois discordava dos roteiros imorais criados pelo roteirista. Torpedo era um gangster e, assim como vários outros personagens de Abuli, um canalha. Segundo o roteirista, Toth tenta humanizar o personagem, fazer dele um canalha com coração, algo que ia contra a proposta inicial da revista.

 

 

 

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